quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dias chuvosos


Dias chuvosos, em que há um cheiro a terra no ar.
Dias chuvosos em que ela ia para a rua sem qualquer protecção e deixava que cada gota de chuva se entranhasse na sua face.
As lágrimas fundiam-se.
Dias chuvosos, em que ela olhava para o céu e o cinzento ofuscava os seus olhos.
Dias chuvosos em que em torno daquele sentimento não existia mais nada. Chovia, de forma intensa, e a verdade era dela, o sonho era seu.
Chovia, de forma branda, e a certeza era dela, o amor era seu.
MP3: If it's love - Train*

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Attack


Era dúbia a forma como se olhavam. Conseguiam penetrar o olhar um no outro e saber quase ao certo aquilo em que cada um pensava. Era ao mesmo tempo um desafio e uma corrida contra o tempo. Sentava-se cada um do seu lado e falavam, riam, divertiam-se. Era dúbia a forma de como se divertiam. Podia ser interpretada como malvadez ou um certo complemento entre ambos. Era diferente.
 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Hide & Seek

''Ransom notes keep falling at your mouth
Mid-sweet talk, newspaper word cut outs
Speak no feeling no i don't believe you
You don't care a bit you don't care a bit''


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Be careful

''Be careful what you think…
Your thoughts become your words, Your words become your actions
Your actions become your habits, Your habits become your character
Your character is everything
Be careful what you think, for your thoughts become your words.
Be careful what you say, for your words become your actions.
Be careful what you do, for your actions become your habits.
Be careful what becomes habitual, for your habits become your destiny.
Be careful what you think, for your thoughts become your words.
Be careful what you say, for your words become your actions.
Be careful what you do, for your actions become your character.
And character is everything.''

Stop...

domingo, 1 de maio de 2011

Take 21


''C'est le malaise du moment
L'épidémie qui s'étend
La fête est finie on descend
Les pensées qui glacent la raison
Paupières baissées, visage gris
Surgissent les fantômes de notre lit
On ouvre le loquet de la grille
Du taudis qu'on appelle maison
Protège-moi, protège-moi'' 

Placebo <3

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Take 20


Sentir-me bem, é um começo.
É só mais um começo, e sinto isso.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Take 19

Voltei aos ''takes''.
Quase que me esquecia do blog já.

Através do fogo eu consigo passar sem me queimar. Sigo em frente descalça e calco pedaços de vidro, mas a pele dos pés não rasga. Sinto-me invencível. Hoje, sinto-me assim.
O porquê? Provavelmente ninguém sabe. Eu não sei.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Desarmante

''Não era que odiasse viver ou outra coisa do género, mas, por qualquer razão, todas as imagens se tornavam sempre remotamente difusas, como dentro de um sonho. Sentia que imensas coisas estavam ora extremamente perto, ora anormalmente longe''

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Loucura.

E estou louca. Estou com uma dor que me atravessa o coração. Cometo erros, mas não me importo. Estou louca. Estou com uma dor que me aperta a cabeça e me deixa sem o poder da razão. Sinto-me apertada por todos os lados. Estou louca e estou prestes a rebentar. A minha dor é demasiado forte. Estou louca e sinto que a dor não vai parar.


domingo, 3 de abril de 2011

When the sun goes down


Este fim-de-semana foi um inferno com pedaços de céu. 



segunda-feira, 28 de março de 2011

Take 18


Libertou-se, mas algo o puxava atrás. Fugiu, mas as vozes na sua cabeça faziam com que olhasse para trás. Finalmente estava livre, mas sentia-se preso. Sentia-se como um ser inanimado, pronto a ser domesticado. 
Aquele olhar triste. Sentia-se preso. Aquele voltar atrás num fragmento de segundos. Estava acorrentado para sempre. Conseguiu fugir e continuou preso.

.sãosómaisalgumaspalavrasperdidas --'

We go Insane


segunda-feira, 21 de março de 2011

Take 17


Conseguia disfarçar o medo perante os amigos. Conseguia retrair os seus receios perante quem a rodeava. Era uma mistela de sentimentos que a deixavam em paranóia. Conseguira viver com os outros, mas não conseguia viver consigo mesma. Algo lhe dizia para ir embora. Algo a puxava para trás. Era contraditório... Ela sabia o que pretendia, e era algo tão inocente.

sexta-feira, 11 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Take 16

E pegou nas chaves e abandonou o terreno. Sabia o que ia encontrar. Sabia que já nada era igual, nem o próprio corpo, nem a própria alma. Sorria, mas queria chorar. Chorava de forma intensa no seu interior, mas sabia que ao sorrir os ponteiros do relógio avançavam mais depressa. Voltou-se, virou as costas, mas tentou sempre ver aquilo que ficava gravado por detrás.


Vou sair e só espero que quando voltar, tudo esteja melhor.
Um até já.

Codex

Ontem só me apetecia dizer adeus.
Hoje só me apetece dizer adeus.
Amanhã...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Take 14


Toda a gente que me rodeia é aquilo que eu queria ser. Todos têm aquilo que eu queria ter. Está na altura de deixar tudo o que não tenho e tudo o que me rodeia. Está na altura de fazer uma pausa, de sair daqui. Está na altura de me dar ao abandono e viver, sozinha. Estou farta de pessoas, estou farta de falar, farta de expressões. Estou farta de sentir, de te sentir longe, de me sentir aqui.
Resta-me ultrapassar esta fase e voltar ao sentimento que perdurava até ontem. Resta-me voltar a acreditar, ou talvez em não acreditar tanto em tanta gente.
O meu maior medo é acabar sem ti.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Take 13


♀ - Por vezes penso que me dás respostas.
♂ - Não serei eu a resposta?
♀ - Queria que não fosses.
♂ - O que sentes?
♀ - Sinto que é difícil e que não aguento mais.

♂ - Aguentas sim, és forte.
♀ - Não sou... No fundo sou fraca.
♂ - Sabes sempre por qual caminho deves ir.
♀ - Palpites.
♂ - Sabes exactamente que palavras utilizar.
♀ - Inspiração.
♂ - Sabes exactamente em que tempo intervir.
♀ - Impulsos.
♂ - Consegues sempre aquilo que queres.

♀ - Nem sempre. Sou frágil.
♂ - És forte, sim!
♀ - Dá-me uma razão então.
♂ - Fizeste-me ficar completamente apaixonado por ti.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Olá Porto, Hasta luego Madrid

♀ - Allô?
♂ - A tua voz está especialmente bonita hoje.
♀ - Deixa-te de coisas e vai directo ao assunto.
♂ - Anda comigo hoje à noite.
♀ - Onde?
♂ - Andar por aí. Vou-te dar a conhecer um pouco mais disto.

♀ - Não creio que seja boa ideia.
♂ - Impedimentos a esta hora?

♀ - Consciência...
♂ - Deixa... Anda comigo.
♀ - Não posso.
♂ - Queres?
♀ - Não posso!
♂ - Mas queres... Anda!

♀ - Não posso, não quero, não vou.
♂ - Porquê?
♀ - Adeus.
♂ - (pi... pi... pi...)



Ainda estou com o efeito do cansaço proveniente da minha viagem a Madrid. Não estou minimamente inspirada para escrever. Sendo assim, até à próxima!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Take 12


Antes de mais tenho que agradecer pelas tulipas. São lindas <3

Meu Amor, aprendi que nada é fácil, e que ir pelo caminho mais complicado pode não ser sempre a solução. Aprendi que errar é humano. Apenas há pessoas que erram mais vezes do que outras. Aprendi que magoar, toda a gente se magoa, mais cedo ou mais tarde. Comecei a entender que a vida é feita de estratagemas e para os combater temos que criar alguns também. Entendi que a defesa pode ser compreendida como o ataque. Aprendi que sonhar não faz mal a ninguém. Apenas tens que entender que um sonho não passa disso mesmo; um sonho! Reparei que os dias passam e o mundo à tua volta está em constante movimento. Agora até temos um novo signo, vê lá tu... Apercebi-me que o tempo voa e que minutos podem ser considerados horas para muitos ou segundos para outros. O tempo é uma coisa estranha de entender. Descobri que num momento podes ter o mundo nas mãos e no outro podes ter apenas poeira entre os dedos. Reconheço que as dependências são medonhas. Depender de algo deveria estar fora de questão. Meu Amor, o mundo é cruel porque as pessoas o fazem assim. Sabes meu Amor? Queria que todos os momentos fossem apenas eu e tu, como num conto de fadas onde tu és o príncipe e eu a tua princesa. Meu Amor, teriamos uma casa com uma belo jardim, uns quantos filhos a correr pela casa e um cão. Seríamos felizes, juntos.

MP3: Viva forever: Spice Girls

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Take 11

Foto: Madrid 1 de Setembro de 2010

É o pormenor que faz a diferença. É um sorriso teu que me soa a obra de arte. É no teu olhar que me consigo perder. És o meu contraste e estamos pintados em óleo sobre tela. Escorrega, mas aguenta, adere! Detalhes que só nós compreendemos, porque só nós conhecemos o tempo que demorou a ilustrar este sentimento. Dava filme ou até livro. Romance, comédia ou drama... Qualquer um deles seria possível. Ou porque não um misto de todos? Gosto de fechar os olhos e sentir a tua respiração a tocar na minha. Gosto de fechar os olhos e sentir os teus lábios a vibrar nos meus. Gosto de fechar os olhos e saber que o teu coração está dentro do meu. Cabe tudo nesta tela, pincelada de várias cores, quentes, frias ou neutras. Cabe tudo aqui. Cabemos um no outro, encaixamos tão bem. Cabe tudo, nós, a nossa vida e o nosso amor.

Ontem recebi uma prenda vinda dos Açores. A minha Pea lembrou-se de mim :) Obrigada Pea, adorei. Prometo que quando tiver com mais paciência faço um post para ti :) <3

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Take 10


Suavemente, agarrou-a, moldou-a contra a parede e beijou-a. O mundo parou, o sonho começou, a sua vida pecou. O sentimento percorreu-lhe as veias, entupiu-lhe o coração. Dali, já não pode sair. Dali, já não sai. E assim se fez princesa, dum príncipe que lhe dá a mão durante o dia e que lhe mostra o quão bom é tê-la durante a noite. Durante toda a noite... Até lá os ponteiros circundam o relógio de forma contínua e ritmada. Que som doentio.

MP3: Was it a dream - 30 Seconds to Mars

sábado, 8 de janeiro de 2011

Take 8



Nos teus olhos vejo a chama que me acende o cigarro. Cigarro este que é veneno, veneno este que és tu. Queima, lentamente vai queimando. Vou-te sugando e vais queimando, queimas. Sinto que os teus olhos cada vez estão mais acesos, o cigarro cada vez está mais pequeno. A chama aumenta, vejo tudo com outros olhos. A cinza cai no chão, tu pestanejas. Pego-te na mão que tens no bolso, gelada. Abraças-me. O cigarro acaba, o veneno espalhou-se pelo meu corpo. A chama apaga, tu largas-me. Agora, a tua mão está morna, e eu estou envenenada. A garganta fica sem ar, a boca fica seca, os meus olhos vidrados. Choro. Não te importas, vais-te embora. Fiquei aqui, deixaste-me aqui, doente, com frio, a morrer devagar na escuridão à espera que voltes e que possa ver a luz brilhante que os teus olhos emanem.

MP3: Killing me Softly: Roberta Flack 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Take 7


Hoje não me apetece ser simpática. Hoje não me apetece estar de mal com a vida. Hoje não me apetece estar assim. Hoje, pura e simplesmente não me apetece estar. Hoje não pude prever as horas seguintes. Hoje não me consigo lembrar das horas que passaram. Hoje não tenho cabeça. Hoje, pura e simplesmente não. Hoje acordei de mau humor, ri-me à gargalhada, olhei de lado pessoas que não suporto, sorri ao receber mensagens da pessoa que amo, chateei-me, hoje desculpei. Hoje pura e simplesmente hoje. Num hoje posso fazer tanta coisa. Num hoje posso fazer absolutamente nada. Hoje não estou com paciência. Hoje preciso de ver para crer. Hoje penso no que serei amanhã, no que será amanha e no que seremos amanhã. Hoje reconheço os meus erros, mas voltaria a passar por eles e a dar-lhes a mão. Planeava da mesma forma, com a mesma intensidade. Intensidade essa, como a dos teus olhos, com o teu olhar que me envolve. Hoje, ainda recordo o teu olhar naquele dia ensolarado, prevísivel e gelado. Lembro-me das tuas mãos que tinham as unhas cravadas na pele, como se precisasses de descarregar energia ou força. E eu vazia...  Magoaste-te? Ainda hoje tento saber... Comigo vazia, diante de ti, continuavas a esboçar em ti, no teu olhar, um percurso duma vida de cábulas. Esvoaçava uma brisa sobre o corredor fechado a sete chaves. Senti um calafrio, arrepiei-me, tal como da primeira vez. E tu ali, especado sobre mim, com o olhar fixo em mim, somente meu, somente para mim. Hoje quero esquecer o teu olhar penetrante e o teu sorriso matreiro. Hoje quero ter-te aqui, com o teu cavalo branco e a tua espada de cavaleiro. Hoje espero que o hoje desapareça e que um novo hoje surja amanhã.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Desvaneios


Sou minha e tua. Nao consigo ser de mais ninguem. Musicas, filmes e musicas, vidas, tempos e acções. É-me meu e teu. Não quero que seja de mais ninguem. Hoje, agora, preciso mais de ti do que em qualquer outro momento que me lembre. Carencia. Estou a desabar. Fuga, quero fugir. Preciso de um ponto de fuga, preciso de carinho, compreensão e sobretudo e mais que tudo, eu preciso de ti.

Take 6


Sabia que iria voltar a sentir-me por baixo. E senti! Sabia que o regresso desta rotina me ia tirar a paciência. Parabéns, tirou! Sabia que tudo o que provém daquelas instalações me faz sentir sozinha. Mentira! Senti-me um ET no meio de pessoas. Preferia sentir-me sozinha... Sabia que a ferida criada era daquelas que não iria sarar. Não fortaleceu, infelizmente. Sabia que as palavras mandadas para o ar seriam a culpa escrita em todas as paredes, com ou sem nomes. Sabia que mal desse um passo por aquela porta adentro, iria quebrar. E quebrei...
E tudo o que eu quero é que tudo acabe rápido. Mas infelizmente sei, que os minutos vão passar em câmera lenta daqui para a frente.

MP3: Manel Cruz - Borboleta

sábado, 1 de janeiro de 2011

Take 4


Ontem alguém me perguntou: ''Objectivos ou desejos?''. Hoje eu respondo:
Desejos existem, para serem pensados, objectivos existem para serem vividos. O que estou farta de fazer, é pensar. Quero agir mais, quero agir melhor. Sem dúvida que objectivos é o que não me falta, este ano. Quero traçar planos e agir da melhor forma para com os outros, para com aqueles que gosto e que gostam de mim, para aqueles que não me podem ver à frente nem eu a eles, e sobretudo para mim. Quero alcançar metas e sair delas vitoriosa e de cabeça erguida. Vou em frente, com os meus objectivos. Farta de subjectividade, estou eu!

MP3: Slimmy - So out of control