Nos teus olhos vejo a chama que me acende o cigarro. Cigarro este que é veneno, veneno este que és tu. Queima, lentamente vai queimando. Vou-te sugando e vais queimando, queimas. Sinto que os teus olhos cada vez estão mais acesos, o cigarro cada vez está mais pequeno. A chama aumenta, vejo tudo com outros olhos. A cinza cai no chão, tu pestanejas. Pego-te na mão que tens no bolso, gelada. Abraças-me. O cigarro acaba, o veneno espalhou-se pelo meu corpo. A chama apaga, tu largas-me. Agora, a tua mão está morna, e eu estou envenenada. A garganta fica sem ar, a boca fica seca, os meus olhos vidrados. Choro. Não te importas, vais-te embora. Fiquei aqui, deixaste-me aqui, doente, com frio, a morrer devagar na escuridão à espera que voltes e que possa ver a luz brilhante que os teus olhos emanem.
MP3: Killing me Softly: Roberta Flack
adorooo pea :ooo
ResponderEliminarinspiraste-te no ópio? ahah
love you my little pea <3
Olá! Desculpa não ter dito nada nestes dias mas ocorrem-me sempre imprevistos e coisas para resolver e depois nem sequer tenho tempo para as minhas coisas! Mas eu prometo que hoje, mais lá para a tarde :) te envio alguma coisa! ;)
ResponderEliminarAgora falando do post... para variar e tal eu ADOREI! Gosto da maneira como falaste do "veneno". Se calhar é devido ao livro que ando a ler! ;)
beijinho e até amanhã!!! :*
paradoxo interessante!
ResponderEliminarpergunto-me o que aconteceria se o cigarro não fosse aceso e se a mão não aquecesse :)